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EMBARGO

Em Dezembro de 2017, a Rússia suspendeu a exportação de carne suína, bovina e de derivados de alguns frigoríficos de Santa Catarina.  Isso ocorreu devido a descoberta de algumas substâncias proibidas no país russo, como a ractopamina (RAC). Segundo o site G1, a decisão de Moscou afetou 48 frigoríficos brasileiros sendo 18  de carne suína. Atualmente o estado catarinense é o maior exportador de carne suína do país, e a Rússia é responsável pela compra de mais de um terço da carne produzida no Brasil. Em nota o governo russo declarou “em razão da presença da substância ractopamina em análises de carne brasileira, o departamento começará - a partir de primeiro de dezembro - o embargo de carne bovina, suína e derivados". O mercado brasileiro recebeu com surpresa a proibição e a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) disse estar preparada para aceitar as mudanças. Desde a data do embargo nada mudou e a Rússia mantém a proibição do aditivo e até o momento o Brasil não foi permitido de exportar carne ao país.

 

Ractopamina propicia ganho de massa magra em suínos, na fase final de engorda / Foto: Henrique Silvani

O principal motivo que levou os russos a proibirem a entrada de carne vinda do Brasil foi a utilização da já falada Ractopamina. O aditivo não se apresenta como um hormônio, mas propicia um ganho rápido de massa magra em suínos nos últimos 28 dias de engorda. O que preocupa o mercado russo é que não existem estudos e pesquisas científicas indicando que a RAC não oferece nenhum risco aos animais e humanos.

 

Enquanto a Rússia mantém a proibição amparada pelo fato de não haver pesquisas, o Brasil mantém o uso do aditivo com a mesma desculpa. Não tendo indicações precisas dos efeitos da RAC o mercado brasileiro não vê problemas em continuar usando. Em 2013 já havia proibido a entrada de um lote de carne bovina do Brasil por conter Ractopamina. O uso da substância para alimentação de gado foi então proibida no país exportador, mas manteve-se o uso para suínos. O mercado brasileiro indicou ser possível separar os animais alimentados sem RAC para serem enviados à Rússia e manter os que foram alimentados com o suplemento para consumo interno e exportação à países que permitem o uso, como os Estados Unidos.

Vídeo: SBT Santa Catarina

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